CLARO QUE SOU EMPÁTICA!

    A maioria das pessoas acredita que a empatia seja muito necessária para a convivência em sociedade... colocar-se no lugar do outro imaginando-se na mesma situação. Todos queremos empatia com nossas situações, nossas dificuldades e particularidades. Todos queremos que entendam nossos momentos “diferentes”, que nos acolham e imaginem a “dor” ou “frustração” que sentimos. Mas o questionamento que faço é: Temos empatia com os outros? A resposta automática que vem na mente é: “Sim!” “Mas é claro” “Sempre”.

  • Será que realmente é verdadeira?

    Quando somos orientados por alguma postura incorreta, muitas vezes causada pelo desconhecimento, tentamos nos colocar no lugar da pessoa que nos “corrige”? Sim, por que exigimos do profissional que entenda nossa situação, exigimos EMPATIA da parte dele! Como pode não entender que não fizemos por mal? Achar que fazemos o errado por querer?

    Mas será que essa pessoa que está a nossa frente também não necessita empatia? Será que não precisa que nos coloquemos no lugar dele para tentar entender a situação dele, a demanda que ele tem? Fácil é criticar, mas quando somos nós que estamos na situação de profissionais que devem dar Feedbacks educativos acreditamos que fazemos pelo melhor. Correto? E será – só será- que essa pessoa que está a sua frente não está fazendo o mesmo?

    Sempre que dou os treinamentos que temos como algum dos temas empatia, coloco a seguinte questão:

    - Quem gosta de quando entra em alguma loja o vendedor ficar perto?

    As respostas variam...alguns dizem que preferem, caso queiram algum produto específico. Já outros dizem que odeiam, pois se sentem vigiados. E a questão é: como saber qual o comportamento adequado do vendedor, como padrão? Sim, porque todos somos clientes em algum momento e temos preferências individuais.

    Se o vendedor fica longe, pode parecer desinteresse ou preguiça, mesmo que agrade parte do público. Se fica perto e dísponível, pode ser interpretado como “desconfiado”, podendo ser interpretado como alguém que está ali para vigiar o cliente, mesmo que agrade outra parte do público. Nas duas formas não agradará a todos, sempre correndo o risco de postagem em redes sociais com manifestações de desagrado.

    Nos dias de hoje os clientes são os maiores juízes, condenando comportamentos e postando em suas redes sociais. Muitas vezes com milhões de visualizações e compartilhamentos. Vociferando que é necessário termos mais empatia no mundo. Mas será que em algum momento se colocou no lugar do colaborador? Pensou na função e suas complexidades? Nos prejuízos que pode causar através de somente uma versão da história?

    Comportamentos são passíveis de interpretações. Pessoas diferentes tem informações e visões diferentes. Antes de condenar alguma atitude ou alguém pratique a empatia. Coloque-se no lugar da pessoa e evite julgamentos precipitados. A empatia que queremos começa por nós!

Cintia Santos é 

Instrutora de treinamento da Evoluir - "Humanizando o Desenvolvimento". Acesse evoluirpoa.com.br para maiores informações sobre treinamentos, cursos e workshops. 💕

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